Hoje, celebra-se o Dia Mundial da Segurança do Doente, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo a “Segurança na utilização da medicação” o tema escolhido para este ano.
Neste artigo, vamos conhecer um pouco melhor este dia especial tanto para os cidadãos como para os profissionais de saúde.
Dia Mundial da Segurança do Doente
A comemoração deste dia foi instituída na 72.ª Assembleia Mundial da Saúde, a 28 de maio de 2019, durante a qual os 194 estados-membros da OMS aprovaram a data da celebração deste evento.
O Dia Mundial da Segurança do Doente celebra-se todos os anos a 17 de setembro, com o objetivo de sensibilizar e consciencializar para a importância da segurança dos utentes e contribuir para prevenir e reduzir erros evitáveis nos cuidados de saúde a nível global.
Este ano, a atenção está voltada para os medicamentos, sendo o tema escolhido a “Segurança na utilização da medicação”. Esta iniciativa tem como finalidade sensibilizar e consciencializar os profissionais de saúde e os cidadãos para a importância da utilização segura dos medicamentos, prevenir os erros relacionados com a medicação, assim como reduzir os incidentes. Torna-se assim importante enfatizar a necessidade de promover práticas de medicação seguras junto dos cidadãos e dos profissionais de saúde.
50 % dos doentes não cumprem o tratamento à risca
De acordo com um estudo da OMS, a adesão ao tratamento nos portadores de doenças crónicas (como o cancro, a diabetes, a hipertensão, a depressão, entre outras) não vai além dos 50 %. Isto significa que metade destas pessoas tendem a não cumprir com as recomendações dos profissionais de saúde em áreas como a dieta, o estilo de vida e, claro, a medicação. Os dados são alarmantes e devem fazer refletir todos os intervenientes, desde os doentes, os cuidadores, os profissionais de saúde até aos decisores políticos.
Devemos, então, questionar os motivos que levam as pessoas a não tomarem corretamente os medicamentos. Há fatores económicos e sociais envolvidos, mas alguns estudos indicam que um dos grandes problemas é mesmo o esquecimento. Não é difícil perceber porquê. A gestão da medicação pode ser intimidante e, no caso das pessoas que sofrem de doenças crónicas, o desafio é ainda maior, porque junta-se a necessidade de cumprir outras recomendações.
Erros de medicação
Os erros de medicação contribuem para a morbilidade e a mortalidade.
Os grupos populacionais de maior risco compreendem os idosos, as grávidas e mulheres em período de aleitamento, as crianças e lactentes, as pessoas com doenças crónicas e os polimedicados (pessoas a tomar muitos medicamentos).
As principais fontes de erro de medicação compreendem:
1. Prescrições pouco claras – as denominações de alguns fármacos são parecidas e podem provocar confusão se não forem escritas de forma percetível. É de evitar a utilização de abreviaturas, devendo a informação ser escrita por extenso. As prescrições eletrónicas evitam problemas com letra ilegível ou abreviaturas. Porém, sempre que há necessidade de colocar alguma indicação no frasco ou na caixa do medicamento, é importante assegurar que esta seja escrita de forma clara.
2. Utilização inadequada dos medicamentos – um medicamento pode ser dado ao paciente errado, no momento errado, na dose errada ou pela via errada. Há medicamentos com requisitos muito específicos na sua administração, há os que não podem ser administrados simultaneamente, há também medicamentos cuja administração se deve fazer a uma velocidade lenta.
3. Conservação inadequada do medicamento – pode levar à diminuição ou perda das suas propriedades terapêuticas. Devem ser evitados locais húmidos, como as casas-de-banho, bem como a exposição ao calor excessivo e à luz solar.
4. Prazo de validade ultrapassado – a toma de medicamentos fora do prazo de validade é mais frequente do que se possa pensar, por motivos económicos ou de stock. Porém, a sua eficácia pode ficar comprometida ou terem mesmo um efeito prejudicial, agravando o estado de saúde do utente.
5. Falhas cometidas pelo paciente – devido a confusão, esquecimento, ausência de indicações ou indicações pouco claras. Os utentes podem tomar fármacos errados, na altura errada, na frequência errada ou na dose errada. Devem ser dadas, de preferência, por escrito, as instruções de toma dos medicamentos, bem como explicado o porquê da prescrição do medicamento.
6. Comunicação insuficiente ou ausente entre profissionais de saúde acerca da medicação prescrita aos utentes – se um doente é seguido em várias especialidades, se passa por vários médicos, se é seguido em várias instituições de saúde, é muito comum os profissionais de saúde desconhecerem todos os medicamentos que o doente está a tomar, havendo o perigo de prescreverem medicamentos semelhantes para um mesmo problema de saúde ou prescreverem medicamentos incompatíveis uns com os outros.
Segurança na utilização da medicação – uma responsabilidade partilhada
O contexto e as condições em que os cuidados de saúde são prestados condicionam a qualidade e a segurança e refletem-se nos resultados em saúde. Alguns exemplos de condicionantes dos ambientes seguros compreendem: os recursos existentes, a dotação e adequação dos profissionais e das equipas de saúde, a formação dos profissionais de saúde, a forma como o trabalho é organizado, a existência de ferramentas e instrumentos de melhoria e de auxílio à atividade dos profissionais e o desenho e a confiabilidade dos processos.
O Ministério da Saúde reconhece que a segurança do doente é um desafio permanente dos sistemas de saúde e da sociedade portuguesa, estando contempladas ações para práticas relativas à segurança da medicação no Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2016.
No Dia Mundial da Segurança do Doente deste ano são promovidos os 6 certos relativos à medicação:
1. administrado medicamento certo;
2. na dose certa;
3. ao utente certo;
4. segundo a prescrição médica;
5. à hora certa e
6. não esquecendo o registo certo.
Visualize o vídeo Medicação segura do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia | Espinho, dirigidos aos profissionais de saúde que retrata os 6 certos.
Neste artigo, vamos conhecer um pouco melhor este dia especial tanto para os cidadãos como para os profissionais de saúde.
Dia Mundial da Segurança do Doente
A comemoração deste dia foi instituída na 72.ª Assembleia Mundial da Saúde, a 28 de maio de 2019, durante a qual os 194 estados-membros da OMS aprovaram a data da celebração deste evento.
O Dia Mundial da Segurança do Doente celebra-se todos os anos a 17 de setembro, com o objetivo de sensibilizar e consciencializar para a importância da segurança dos utentes e contribuir para prevenir e reduzir erros evitáveis nos cuidados de saúde a nível global.
Este ano, a atenção está voltada para os medicamentos, sendo o tema escolhido a “Segurança na utilização da medicação”. Esta iniciativa tem como finalidade sensibilizar e consciencializar os profissionais de saúde e os cidadãos para a importância da utilização segura dos medicamentos, prevenir os erros relacionados com a medicação, assim como reduzir os incidentes. Torna-se assim importante enfatizar a necessidade de promover práticas de medicação seguras junto dos cidadãos e dos profissionais de saúde.
50 % dos doentes não cumprem o tratamento à risca
De acordo com um estudo da OMS, a adesão ao tratamento nos portadores de doenças crónicas (como o cancro, a diabetes, a hipertensão, a depressão, entre outras) não vai além dos 50 %. Isto significa que metade destas pessoas tendem a não cumprir com as recomendações dos profissionais de saúde em áreas como a dieta, o estilo de vida e, claro, a medicação. Os dados são alarmantes e devem fazer refletir todos os intervenientes, desde os doentes, os cuidadores, os profissionais de saúde até aos decisores políticos.
Devemos, então, questionar os motivos que levam as pessoas a não tomarem corretamente os medicamentos. Há fatores económicos e sociais envolvidos, mas alguns estudos indicam que um dos grandes problemas é mesmo o esquecimento. Não é difícil perceber porquê. A gestão da medicação pode ser intimidante e, no caso das pessoas que sofrem de doenças crónicas, o desafio é ainda maior, porque junta-se a necessidade de cumprir outras recomendações.
Erros de medicação
Os erros de medicação contribuem para a morbilidade e a mortalidade.
Os grupos populacionais de maior risco compreendem os idosos, as grávidas e mulheres em período de aleitamento, as crianças e lactentes, as pessoas com doenças crónicas e os polimedicados (pessoas a tomar muitos medicamentos).
As principais fontes de erro de medicação compreendem:
1. Prescrições pouco claras – as denominações de alguns fármacos são parecidas e podem provocar confusão se não forem escritas de forma percetível. É de evitar a utilização de abreviaturas, devendo a informação ser escrita por extenso. As prescrições eletrónicas evitam problemas com letra ilegível ou abreviaturas. Porém, sempre que há necessidade de colocar alguma indicação no frasco ou na caixa do medicamento, é importante assegurar que esta seja escrita de forma clara.
2. Utilização inadequada dos medicamentos – um medicamento pode ser dado ao paciente errado, no momento errado, na dose errada ou pela via errada. Há medicamentos com requisitos muito específicos na sua administração, há os que não podem ser administrados simultaneamente, há também medicamentos cuja administração se deve fazer a uma velocidade lenta.
3. Conservação inadequada do medicamento – pode levar à diminuição ou perda das suas propriedades terapêuticas. Devem ser evitados locais húmidos, como as casas-de-banho, bem como a exposição ao calor excessivo e à luz solar.
4. Prazo de validade ultrapassado – a toma de medicamentos fora do prazo de validade é mais frequente do que se possa pensar, por motivos económicos ou de stock. Porém, a sua eficácia pode ficar comprometida ou terem mesmo um efeito prejudicial, agravando o estado de saúde do utente.
5. Falhas cometidas pelo paciente – devido a confusão, esquecimento, ausência de indicações ou indicações pouco claras. Os utentes podem tomar fármacos errados, na altura errada, na frequência errada ou na dose errada. Devem ser dadas, de preferência, por escrito, as instruções de toma dos medicamentos, bem como explicado o porquê da prescrição do medicamento.
6. Comunicação insuficiente ou ausente entre profissionais de saúde acerca da medicação prescrita aos utentes – se um doente é seguido em várias especialidades, se passa por vários médicos, se é seguido em várias instituições de saúde, é muito comum os profissionais de saúde desconhecerem todos os medicamentos que o doente está a tomar, havendo o perigo de prescreverem medicamentos semelhantes para um mesmo problema de saúde ou prescreverem medicamentos incompatíveis uns com os outros.
Segurança na utilização da medicação – uma responsabilidade partilhada
O contexto e as condições em que os cuidados de saúde são prestados condicionam a qualidade e a segurança e refletem-se nos resultados em saúde. Alguns exemplos de condicionantes dos ambientes seguros compreendem: os recursos existentes, a dotação e adequação dos profissionais e das equipas de saúde, a formação dos profissionais de saúde, a forma como o trabalho é organizado, a existência de ferramentas e instrumentos de melhoria e de auxílio à atividade dos profissionais e o desenho e a confiabilidade dos processos.
O Ministério da Saúde reconhece que a segurança do doente é um desafio permanente dos sistemas de saúde e da sociedade portuguesa, estando contempladas ações para práticas relativas à segurança da medicação no Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2016.
No Dia Mundial da Segurança do Doente deste ano são promovidos os 6 certos relativos à medicação:
1. administrado medicamento certo;
2. na dose certa;
3. ao utente certo;
4. segundo a prescrição médica;
5. à hora certa e
6. não esquecendo o registo certo.
Visualize o vídeo Medicação segura do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia | Espinho, dirigidos aos profissionais de saúde que retrata os 6 certos.
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