Decisão de transfundir e requisição de sangue: o que o médico deve saber

May 9 / Margarete Cardoso
A transfusão de sangue é uma terapêutica de suporte, usada no tratamento de inúmeras patologias e necessária em várias cirurgias. Constitui, geralmente, um procedimento seguro e eficaz, que permite a correção das deficiências hematológicas e previne as suas consequências.

Os médicos são um elemento-chave na qualidade e segurança do processo transfusional. A decisão de transfundir e o preenchimento do pedido de sangue são, por isso, dois importantes atos que estão sob a sua responsabilidade. 

Neste artigo iremos abordar alguns dos pontos chave associados a este processo.

Sangue total ou componentes sanguíneos? 

O sangue é um bem escasso. Aliás, a sua disponibilidade é limitada e está dependente exclusivamente da boa-vontade do dador. Além disso, não existe atualmente nenhum substituto ao sangue humano. Por isso, o sangue é um bem essencial que não podemos desperdiçar. A sensibilização sobre esta escassez é fundamental não só para os custos envolvidos, mas também para a perceção da necessidade de tomar todas as medidas que minimizem a necessidade de transfusão de sangue.

Componentes sanguíneos: como podem ser obtidos? 

Graças à evolução da medicina, desde a década de 80, o sangue pode ser processado com vista à obtenção dos seus componentes. Em vez de administrar o sangue total, a terapêutica transfusional moderna baseia-se em fornecer ao doente apenas os componentes sanguíneos que ele necessita. Isso reduz o risco da transfusão e poupa recursos. 

Cada um destes componentes requer condições e tempo de armazenamento diferentes, o que só é conseguido graças ao processamento do sangue total.

Mas sabes exatamente como se obtêm estes componentes sanguíneos? E qual o impacto que cada um deles tem na saúde do doente?

Bem, as técnicas de processamento do sangue total compreendem a centrifugação, a separação, a filtração e a congelação. Da mesma forma, através delas, é possível obter, a partir de uma única dádiva, componentes sanguíneos diferentes, com características próprias, capazes de beneficiar vários doentes.

Boas-Práticas no processo transfusional

Como já referimos, os médicos são um elemento-chave na qualidade e segurança do processo transfusional. São estes que tomam a decisão de transfundir e têm de efetuar corretamente o preenchimento do pedido de sangue.

Sabias que é precisamente nestas duas fases do processo pré-transfusional que ocorrem erros e quase-erros?

A verdade é que uma falha na avaliação do doente, uma prescrição inadequada ou um pedido indevidamente preenchido podem ter consequências graves na segurança e na saúde do doente. Assim, o médico prescritor deve apoiar-se em guidelines clínicas e numa avaliação clínica e laboratorial do doente. É igualmente importante preencher a requisição de componentes sanguíneos de forma correta, completa e legível.

Será possível evitar a maioria dos erros transfusionais? Sim! Lê todo este artigo e aposta na comunicação clara e atempada com o teu paciente e os Serviços de Medicina Transfusional.

Decisão de transfundir: garantia de necessidade e segurança

Tal como todas as terapêuticas, também a transfusão de sangue tem riscos e benefícios. Mas a adoção de procedimentos e técnicas no processo transfusional tem feito com que a segurança da transfusão tenha aumentado muito nas últimas décadas.

Que aspetos deverão ser levados em conta ao decidir se o doente precisa ou não de levar uma transfusão de sangue?

A decisão clínica é a fase do processo transfusional que consiste em avaliar o doente e tomar a decisão sobre se deve prescrever ou não uma transfusão de sangue. Esta decisão deve basear-se numa avaliação clínica individualizada do doente, em conhecimentos científicos e em exames laboratoriais recentes.

Preenchimento do consentimento informado e da requisição de sangue

Conheces a sensação de estar num hospital agitado, sobrecarregado de pacientes e responsabilidades? Todos os dias enfrentas uma verdadeira maratona de consultas, registos e de decisões cruciais? Perante tantos desafios e trabalho para fazer, talvez sintas que alguns processos são uma perda de tempo. Porém, as boas-práticas no preenchimento do consentimento informado e da requisição de sangue são essenciais.

Conhecemos e compreendemos a tua realidade! Sabemos que a vida de um médico é repleta de desafios e responsabilidades que podem ser avassaladores. O preenchimento de documentos, tais como o consentimento informado e a requisição de sangue, podem parecer apenas mais um fardo no meio de um dia já sobrecarregado. Assim, é muito fácil pensar que o preenchimento correto e cuidadoso destes documentos é apenas mais um item burocrático, quase uma formalidade sem grande significado.

Como transformar o preenchimento do consentimento informado e da requisição de sangue um processo rigoroso?

Apesar da falta de tempo e das enormes exigências da sua profissão, será que é possível transformar estes processos aparentemente triviais em práticas efetuadas com rigor e significativas?

Sim, é possível!

Vamos mostrar-te isso mesmo no curso Boas-Práticas no Preenchimento do Consentimento Informado e da Requisição de Sangue. Vem explorar connosco o impacto positivo que um preenchimento cuidadoso e consciente pode ter na qualidade e segurança das transfusões sanguíneas. Toma consciência que o consentimento informado e a requisição de sangue não são apenas "mais um papel". São a base de uma comunicação transparente e de uma cadeia transfusional segura.

10 Recomendações na prescrição de sangue e componentes sanguíneos

1. Baseia a decisão clínica de transfusão de sangue numa avaliação clínica individualizada do doente, em conhecimentos científicos e em exames laboratoriais recentes.
2. Interpreta corretamente os resultados hematológicos, bioquímicos e da coagulação.
3. Preenche corretamente a requisição de sangue, de forma a evitar atrasos desnecessários.
4. Entende a importância de obter o consentimento informado para a transfusão.
5. Prescreve adequadamente para as diferentes situações clínicas.
6. Sabe identificar e justificar os grupos de doentes com requisitos especiais de transfusão.
7. Conhece as alternativas à transfusão de sangue.
8. Recorre ao Serviço de Medicina Transfusional para auxiliar na tomada de decisão e/ou para dares conhecimento de alguma situação clínica particular.
9. O consentimento deve ser preenchido pelo médico e, sempre que possível, na presença do doente para que este o possa assinar de forma consciente e informada.
10. Não assinales pedido urgente ou emergente apenas com a finalidade de teres mais rapidamente o sangue para transfundir. As falsas urgências e emergências vão prejudicar as verdadeiras urgências, correndo-se o risco de se cometerem erros e não ser possível o Serviço de Medicina Transfusional dar uma resposta adequada. 

Curso "Boas-Práticas no Preenchimento do Consentimento Informado e da Requisição de Sangue"

Falhas na avaliação do doente. Prescrições de sangue inadequadas ou mal preenchidas. Erros transfusionais. Como vimos anteriormente, estas situações acontecem diariamente nos serviços de saúde e são, muitas vezes, fonte de conflito entre clínicos, profissionais dos Serviços de Medicina Transfusional e doentes. Com efeito, são de tal forma importantes que podem ter, como consequência, a aplicação de pesadas indemnizações a serem pagas pelas instituições aos doentes lesados.

Mas será que é possível evitar estes erros? Então, como podem os médicos e os profissionais de saúde envolvidos em toda a cadeia transfusional contribuir para a qualidade e segurança das transfusões de componentes sanguíneos?

As respostas a estas e outras questões estão no inovador curso da Health UP: Boas-Práticas no Preenchimento do Consentimento Informado e da Requisição de Sangue

O que vais aprender?

O curso aborda as duas primeiras etapas do processo transfusional: a decisão clínica de transfundir e o preenchimento da requisição de componentes sanguíneos.

Neste âmbito, serão apresentadas um conjunto de boas-práticas que contribuem para o funcionamento da fase pré-transfusional. Uma vez que este processo é interdependente e envolve vários grupos profissionais, também iremos abordar o papel e o impacto que os médicos têm no trabalho de outros profissionais.

Desta forma, os formandos ganharão uma nova consciência sobre os componentes sanguíneos, a forma como eles são obtidos, bem como sobre o trabalho desenvolvido pelos serviços de Imuno-hemoterapia. 

A quem se destina?

Esta formação destina-se especialmente a médicos que prescrevem componentes do sangue, internos e estudantes de Medicina. 

Como é composto o curso "Boas-Práticas no Preenchimento do Consentimento Informado e da Requisição de Sangue?"

O curso está dividido em 13 módulos, ministrados em e-learning, num total de 8 horas de formação. Podes aprender de acordo com a tua agenda, sem comprometer as tuas responsabilidades profissionais, no horário mais adequado para ti e no local à tua escolha.

Terás ainda acesso a um conjunto de materiais e atividades que te vão permitir aplicar os conhecimentos adquiridos.  

Benefícios para a tua vida profissional


  • Mais Eficiência: Aprende a integrar o preenchimento do consentimento informado e da requisição de sangue de forma eficiente, sem comprometer a tua rotina.
  • Qualidade Elevada: Sabe como esses documentos influenciam diretamente a segurança e eficácia das transfusões sanguíneas, garantindo o melhor cuidado para os teus pacientes.
  • Gestão do Tempo: Descobre estratégias para gerir o teu tempo de forma mais eficaz, sem deixar de lado estes procedimentos essenciais.
  • Contribuição Significativa: Entende como o teu papel ativo no preenchimento desses documentos contribui para uma cadeia transfusional mais segura e eficaz.
  • Adaptação à sua Rotina: O curso consiste em 13 módulos de e-learning, para que possas aprender ao teu próprio ritmo.


Não permitas que a correria da rotina médica prejudique a qualidade e a segurança das transfusões de componentes sanguíneos.

Por isso, inscreve-te agora no curso Boas-Práticas no Preenchimento do Consentimento Informado e da Requisição de Sangue e transforma desafios em oportunidades para uma prática mais eficaz e significativa.

Lembra-te: a chave para elevar a qualidade está na adoção das melhores práticas.

Imagem via Health UP.
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